domingo, 30 de outubro de 2011

MARIA MELO

MARIA DAS DORES MELO DE LIMA

Maria das Dores Melo da Silva, com pseudônimo de Maria Melo, nasceu na cidade de Santo Antonio do Salto da Onça- RN em 22 de dezembro de 1932, filha de Ildefonso Alves de Lima e Maria Fernandes de Lima, estudou música na academia Mário Mascarenhas em Recife. No Rio concluiu o curso de professora primária no Colégio Aristides Caire. Poetisa, escritora, historiadora, compositora e musicista, Ganhou diversos de música e poesia.
Hoje aos 80 anos é voluntária DA LBV e na associação do Jacará com o projeto Moleque bom, ensinando flauta doce as crianças carentes.
Participou do livro “Histórias para você dormir” que recebeu o selo de qualidade suprema DA academia parisiense de literatura infantil.




“MINHA MÃE”

Essa história aconteceu, em Santo Antonio do salto da Onça
Um pedacinho do Nordeste, no nosso querido Brasil
Era uma casinha de Taipa, perto da pedra onde um dia a onça pulou e o pescoço quebrou
Foi lá que eu nasci.
Minha mãe você foi embora tão cedo,
NÃo deu tempo para me ver crescer
Mas guardei na lembrança
Você pescando Piaba
No Rio trairí
Pra gente comer
Eu e Ritinha
A minha irmã que era mais pequenininha,
Brincando na areia
Olhando você
Minha mãe... Lembro de você lavando roupas nos lajedos
NAS ÁGUAS DEIXADAS PELAS CHUVAS
Dádiva do criador
E Ritinha procurando imbu e Caju
Nos galhos deitados sobre as pedras
Era tudo tão lindo, um verdadeiro esplendor
Lembro você com a rodilha na cabeça
Levando o pote dӇgua pra gente beber
Minha mãe, lembra-se quando me dava aquela vontade ...dizia..
Mainha eu vou no mato cagar
E você dizia:
Cuidado com as folhas da urtiga quando for se limpar
Lembro você na igreja de nossa senhora das dores
Ajoelhada em frente ao altar
E frei Damião com suas mãos santas a nos abençoar
Minha mãe, jamais irei esquecer aquele dia
Que você dormiu e não acordou
E aqueles dois homens com uma vara
Enfiaram nos cumes de sua rede e levaram você
Eu fiquei chorando sem saber o porque
E todos os dias eu ficava olhando a estrada,
pensando que você iria voltar
Quando eu via passar um enterro com aquela rede
Eu pensava que era você
Depois que passava eu ia para o quintal que era
nosso roçado
Pegava uma espiga de milho
Que era minha boneca
Abraçava e começava a chorar
Minha mãe
Logo depois riinha também foi embora
Será que ela lhe encontrou?
Minha mãe, eu tenho saudades do meu pai, sentado
[na rede, tocando viola,
Ele dizia chora viola com todo seu esplendor
Eu hoje estou roendo, pois perdi o meu amor...
Homenagem a minha mãe!

Maria Melo

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SELO ACADÊMICO DE PARCERIA

SELO ACADÊMICO DE PARCERIA

FUNÇÃO

FUNÇÃO
Promover, divulgar e premiar a arte livre, clássica ou popular, como manifestação cultural acessível ao povo, celebrizar a criação e sua autoria por um colegiado acadêmico durante um calendário vigente anual, com entrega de estatuetas de condecoração. Formação de um colegiado com quadro de Membros Acadêmicos Titulares com quarenta cadeiras subdivididas em oito modalidades de ocupação com percentual de vagas representativas de todo segmento artístico praticado na cidade, oriundo do quadro de Membros Associativos. Criar e manter um centro avançado de estudos e pesquisas artísticas para desenvolver meios investigativos para o artista, numa abordagem do trabalho artesanal criativo. Catalogar obras e emitir selos de parceria e observar aos artistas com crivo acadêmico uma visão imparcial, humanística e democrática, sobretudo orientadora nos projetos de montagens, sob a ótica que produzem sonhos e bens de consumo que requer qualidade para seu alcance de platéia e mercado.