sábado, 7 de janeiro de 2012

TONY FONSECA

Tony Fonseca é formado em Letras, Comunicação com ênfase em Jornalismo e Publicidade. Há quarenta e cinco anos leciona inglês conversacional por método próprio. Editou uma trilogia infantil e seus dois primeiros romances encontram-se prontos para o prelo. É Acadêmico das duas Academias de Cabo Frio (a de Artes e a de Letras) e atualmente apresenta um programa de televisão enfocando o turismo na região.


Talvez pareça pretensão demais. Afinal, chamar de "Paraíso" minha literatura, realmente pode me fazer passar por arrogante e imodesto. Explico: "Bem-vindo ao Paraíso" é o título de meu programa semanal, ao vivo, na Lagos TV, canal 7 de Cabo Frio, Rio de Janeiro. Paraíso, por si só, não é um lugar, mas um estado de espírito. Você pode "ir" ao Paraíso sem sair de sua cadeira.


 Tudo o que se precisa para ser bem-vindo ao Paraíso é estar feliz consigo mesmo, ter esperança, responsabilidade para com o próximo e o meio ambiente e estar sempre disposto a fazer a sua parte para que tudo à sua volta melhore. 

Para mim, o Paraíso está dentro de nós e a chave dele é o amor. Não somente o amor carnal, esse amor que nos leva a escrever histórias, poesias, ao prazer físico, às vezes à dor , à preocupação e ao desespero. Mas também o AMOR às coisas transcendentais, à criatividade, ao trabalho, às coisas do mundo em que vivemos.
"Há vezes em que deixamos que uma oportunidade escorra pelos nossos dedos. Quase sempre nos arrependemos e pensamos como teria sido melhor se tivéssemos agido de outra maneira, mas já teria sido tarde demais. Gostaria que você me dissesse o que teria feito se estivesse no lugar do Petrus. Será que teria feito outra coisa?"


DE REPENTE
DE REPENTE ELA SUMIU ASSIM
COMO DESAPARECE A LUZ AO SE FAZER A NOITE,
COMO SE VAI A LUA NO PASSAR DA NUVEM,
COMO O VENTO ACABA, QUANDO É CALMARIA...

DE REPENTE, ASSIM TÃO DE REPENTE
ENTRE UM SUSPIRO E OUTRO,
TÃO INESPERADAMENTE,
QUE NEM O BEIJO SECARA
EM MINHA BOCA
NEM A SOBRIEDADE VOLTARA
À MINHA MENTE.

ELA  NÃO    DISSE ADEUS
E NEM LEVOU O MEU ADEUS COM ELA...

E NO PÓ DA ESTRADA, NEM PEGADA.
ELA SUMIU DE MIM, COMPLETAMENTE.
E POR MAIS QUE FOSSE PROCURADA
NUNCA MAIS A VI, DEFINITIVAMENTE...

(Tony Fonseca)



PARALELAS
COMO COLIBRIS SORVENDO O NECTAR
DE FLOR EM FLOR EM VOOS CORUSCANTES,
DUAS PESSOAS SE PÕEM A VERSEJAR
COMO SE FOSSEM AMIGAS OU AMANTES...

E AS COISAS MAIS INSIGNIFICANTES,
SEM O MÍNIMO ESFORÇO DEMONSTRAR,
CONSEGUEM, EM VERSOS FASCINANTES,
EMOCIONANTES E BELOS TRANSFORMAR.

DOIS POETAS - INCRÍVEL! - DOIS DESTINOS
DIFERENTES, CORDAS DE UM SÓ VIOLINO
QUE DEUS, JOCOSAMENTE, OUSOU CRIAR.

E SEGUEM ASSIM NESSA AVENTURA LOUCA,
FAZENDO VERSOS NA ALEGRIA POUCA,
DE SABER QUE JAMAIS VÃO SE ENCONTRAR...

(Tony Fonseca)



"A BOLHA DE SABÃO"
UMA COLORIDA BOLHA DE SABÃO
VOEJAVA NO CÉU, ALEGREMENTE
LINDA, FELIZ E EMBALADORAMENTE,
COMO AS COISAS QUE VOAM SEMPRE SÃO.

O VENTO A TRANSPORTAVA DOCEMENTE
E A RAJADA A LEVANTAVA DE ROLDÃO
MAS LÁ DENTRO DA BOLHA, O CORAÇÃO,
A MANTINHA EM SEU RUMO FIRMEMENTE...

E ENTÃO ELA ALCANÇA UMA JANELA
E SEM NINGUÉM A ESPERAR POR ELA,
A CORTINA CERRADA ELA ENCONTROU

E AÍ, DESENCANTADA E SEM CAUTELA,
SEM PODER  SUPERAR SUA MAZELA,
DEU-SE A UM ESPINHO E NUNCA MAIS VOLTOU...

(Tony Fonseca)



AS QUATRO ESTAÇÕES DA VIDA
Primavera, Verão, Outono, Inverno,
Ano após ano, toda a nossa vida,
É a mesma história, sempre repetida,
Um ciclo só num vai e vem eterno.

Na Primavera, que é a mais querida
Das estações, quando é o sol mais terno,
E no Verão, mesmo em calor de inferno,
A faina de viver é divertida.

Depois o Outono chega de repente
Como que alertando a toda a gente
Que o inverno, covarde, se aproxima,

E quando ele nos tolhe totalmente
Tentamos nos safar, inutilmente
E a frieza da morte nos dizima...

(Tony Fonseca)



POBRE POETA
Não poderia, quem sabe, a própria Lua
Iluminar a noite mais escura
Em que se transformou, tão  nua e crua,
A minha vida de dor e de loucura

E fui seguindo numa vã procura
(E é aí que meu erro se situa),
A vida toda na cruel agrura
Que me entristece e que me amua

É muito triste a minha dor antiga
Por mais que tente esconder e diga
Ser feliz, aconselho não acreditar.

Pobre poeta, a dor que me castiga
É o mesmo sentimento que me instiga
Ao trabalho indispensável de sonhar.

(Tony Fonseca)






           


           


          


           


          

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SELO ACADÊMICO DE PARCERIA

SELO ACADÊMICO DE PARCERIA

FUNÇÃO

FUNÇÃO
Promover, divulgar e premiar a arte livre, clássica ou popular, como manifestação cultural acessível ao povo, celebrizar a criação e sua autoria por um colegiado acadêmico durante um calendário vigente anual, com entrega de estatuetas de condecoração. Formação de um colegiado com quadro de Membros Acadêmicos Titulares com quarenta cadeiras subdivididas em oito modalidades de ocupação com percentual de vagas representativas de todo segmento artístico praticado na cidade, oriundo do quadro de Membros Associativos. Criar e manter um centro avançado de estudos e pesquisas artísticas para desenvolver meios investigativos para o artista, numa abordagem do trabalho artesanal criativo. Catalogar obras e emitir selos de parceria e observar aos artistas com crivo acadêmico uma visão imparcial, humanística e democrática, sobretudo orientadora nos projetos de montagens, sob a ótica que produzem sonhos e bens de consumo que requer qualidade para seu alcance de platéia e mercado.